Programa na Policlínica tenta ajudar fumantes

Mais de 600 fumantes já foram atendidos pelo programa de antitabagismo oferecido na Policlínica da Zona Sul de Osasco. Pelo menos 30% deles conseguiram largar o vício, segundo a coordenação do programa, realizado desde outubro de 2009.
O programa antitabagismo é gratuito e tem duas fases: a terapia psicológica individual e em grupo e a medicamentosa. O tratamento segue o protocolo definido pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), do Ministério da Saúde.

Tratamento completo dura quatro meses

O médico Michel Salim Bechara, que coordena o programa, diz que os fumantes que têm filhos devem ficar atentos. “Os filhos de fumantes acabam se tornando fumantes passivos”, diz.
Bechara explica que os pacientes são selecionados após preencher um formulário que vão indicar o grau de dependência ao tabaco. Depois é feito um teste que indica a concentração de monóxido de carbono no organismo. O tratamento completo dura quatro meses.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso do tabaco causaria a morte de quase seis milhões de pessoas ano passado, entre elas 600 mil fumantes passivos. O tabaco é a principal causa de morte evitável em todo o mundo.

Fumante há três anos, Clécio Nunes acredita na proposta. “Conheço pessoas que conseguiram parar de fumar por conta, mas é bem mais difícil. Com o programa existe uma motivação maior”, afirma.
Os interessados no tratamento devem procurar o programa no setor de tabagismo da Policlínica da Zona Sul, na rua da Saudade, 100, Jardim Bela Vista. Mais informações pelo telefone 2183-0751.

Mulheres estão fumando mais
 

O último balanço realizado pelo programa, no ano passado, apontou que de 100 pessoas entrevistadas, o maior percentual de fumantes do município está entre pessoas de 40 e 60 anos, somando 70%. Desse total, 75% são mulheres. A média de consumo é de um maço de cigarro por dia. Já a média de tempo que o tabaco é consumido é de 29,06 anos.

William Galvão

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